Desde Quinta passada que esta semana tem sido no mínimo diferente.
Na Quarta já andava a sentir uma certa irritação na garganta mas sou altamente viciada em ar condicionado não liguei. No dia seguinte estava bastante pior. Fui trabalhar mas naquele dia tinha destinado ir para Portalegre. Nada pior que um calor desértico que inadvertidamente me fez ligar o ar condicionado durante toda a viagem. Talvez seja caso para dizer, pior emenda que o soneto.
Já andava a chocá-la pois os olhos ardiam-me bastante.
Depois deste belo incio de dia (de trabalho) começa a levantar-se uma tempestade. Normalmente aqui para cima (Coimbra) não se levantam tempestades tão facilmente assim. Por isso meti-me no caminho até Ponte de Sor. Com a trovoada começaram-se a atear pequenos focos de incêndio. Portanto lá ia eu nas serras a conduzir e volta e meia passavam por mim os bombeiros a abrir.
Já estava a cheirar-me a esturro, literalmente. Depois de terminada a zona de Nisa pego no carro e vou direita à última zona do dia, Abrantes.
A ideia de conduzir numa zona em que raramente se vê alguma casa, com os pneus dianteiros meios carecas e o pára-brisas estalado não me tranquilizava muito. Eis senão quando começa a trovejar intensamente. Logo o que eu pensei foi "colar-me" a algum carro que entretanto visse, não me fosse acontecer alguma no meio dos montes. Como se não chegasse começa a cair saraiva, uma espécie de bolas de gelo, a levantar-se um vento terrível e tudo a voar em direcção ao pobre pára-brisas.
Toca de parar o carro na primeira aldeia que vi, meio abrigado no meio das casas.
Depois de ter estado para ali cerca de meia hora a ver quando iria ficar com o pára-brisas escaqueirado até me esqueci da dor de garganta e pude desligar o AC.
Meti-me ao caminho e mal cheguei a casa fui logo tombar muito quentinha e cansadita na minha caminha....
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