sábado, 1 de agosto de 2009

Há dias assim...

Há dias assim...
Ultimamente tenho andado a pensar na porcaria de curso que tirei e que ainda não me serviu para absolutamente nada! Sim, porque quer se queira quer não, Psicologia é o maior fabricante de desempregados do país. E a Universidade de Coimbra, com orelhas moucas relativamente ao mundo do trabalho, ainda não se apercebeu disso.
E pensa esta gaja, de quem é a culpa? Minha? Em parte é, podia ter sido menos burra na escolha de um curso. Do Ministério da Ciência e do Ensino Superior? Eh pá pois claro, se fossem pró-activos já teriam previsto o descambar da situação. Da Universidade de Coimbra? Nem mais, se não fossem uns "gandas chulos" restringiam as vagas nos cursos com menor empregabilidade. E não me venham dizer que todos temos o direito à formação pois esse argumento comigo não pega. Pois se formos a ver o número de pessoas que se inscreve no ensino superior por carolice é diminuto. Será que a culpa também é dos meus pais. Pois claro que me deviam ter dado um bom ralhete por me ter inscrito naquela porra.
Posto isto e sem conseguir emprego na área após dos anos, penso no que irei fazer com o diploma. Usá-lo para acender a lareira. Nem por sombras que o papel atafulha-me o recuperador de calor. Usá-lo como base para copos, na... O papel não é assim de tão boa qualidade. Se calhar o melhor é deixá-lo servir de aperitivo ao caruncho. Também já equacionei a possibilidade de tirar a maquilhagem, arranjar uns cartões, abancar dias a fio à porta do centro de (des)emprego e chamar a Manuela Moura Guedes e a TVI.
Quanto à possibilidade de pós graduação... Bem, já sou formadora (sem arranjar trabalho na formação, parece-me que ainda não se deu o "choque formativo") mas gostava mesmo era de tirar um doutoramente. Sim estoirar 2500 Euros por ano, o que dá cerca de 208 euros mês. Assim resolvia-se logo um possível problema de obesidade (ia viver a pão e água durante o mês), teria de ir pa borda da estrada concerteza mas teria direito a ser a "Sô Dótóra". Se assim fosse nem no Continente arranjava emprego! Ao que a parte racional se sobrepôs à estapafúrdia emocionalidade e me relembrou que não estando suficientemente frustrada por ter um canudo (que bem o podia mandar enfiar no...), ainda queria ser uma doutorada num emprego de m***a (e sim, esta não é uma palavra fofa)?
Mais caricato ainda é que a UC tem duas hipóteses, ter o diploma de curso versão low cost, impresso em que é mencionado, o curso e a média e depois assinado pelo "SôTôr XPTO". Esta versão é claro para os pobres. E a versão mais chique debroada a fio de ouro, etc e tal para quem quer empenhar os anéis e dedos. Francamente que com a parvoíce e sumptuosidade de ter terminado o curso nem me dei conta e fiquei embeiçada por esta preciosidade e burra como tudo esbanjei uma boa maquia neste vulgo pedaço de papel. Agora passado este tempo eu pergunto, onde raio pára a porcaria do diploma-versão-rico? Sim porque só uma pessoa é que tem ordem para o manufacturar, por isso, apesar dos rios de dinheiro gastos, demora um bom pedaço até ser recepcionado (quero com isto dizer anos e não meses!). Depois pergunto: "Que irei fazer com tal atestado da minha sabedoria?". Exibi-lo categoricamente na minha sala de estar para inglês ver? Como as belas fotografias de casamentos que quase todas as casas acolhem?

1 comentário:

deambulatorio disse...

LOl há pessoas assim lol ao têm onde gastar o dinheiro lol e põem-se a dar 125€ por um diploma lol ainda por cima que só vai estar pronto daqui a dez anos lol já eu dei 12,5€ pelo certificado porque fui obrigado lol temos de ter cabecinha... Mas sou menino para encomendar o meu canudo, quando tiver € é a única coisa que se leva do curso... Menos mal lol