quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Velhos do Restelo

Esta rubrica é uma homenagem a todos aqueles que se sentem incomodados mas que não reagem de forma evidente aos que teimam em congeminar a vida de outrém com uma opinião fora de validade.
A expressão "Velho", apesar de se apresentar no género masculino, caracteriza os elementos de ambos os sexos e de qualquer idade! Representa um vasto grupo que veicula opiniões fora de validade e completamente ultrapassadas. Estas opiniões corrosivas baseiam-se somente na crítica gratuia e desconstrutiva, não apresentando de modo algum, soluções para os problemas mencionados. São opiniões do género "Os jovens de hoje em dia"; "Mulher não manda"; "Já cá ando há muito tempo, eu é que sei", entre outras!
Estas personagens da vida quotidiana expressam a sua sábia opinião a propósito de qualquer assunto, mesmo que desconhecido! O problema não é exprimirem a sua opinião, qualquer um o pode fazer, o problema é a sua tentativa de anulação de toda e qualquer pessoa que teime em atravessar o seu caminho, mesmo com conhecimento de causa. As suas manifestações faciais revelam uma franca atitude de reprovação, quase como que dizendo "Não se aproveita nada do que está para ali a falar".
Daí se pode apreender que pior que um ignorante é um ignorante com a presunção de que sabe!

Romarias enfermas

Todos nós já nos deparámos com a situação de ter alguém no hospital e, consequentemente, deslocarmo-nos a esse local para visitar essa pessoa. Supostamente essas visitas serão para animar a pessoa e ajudá-la na sua recuperação. Porém, nem sempre é assim! O afluxo de visitas é bastante notório ao Domingo, sendo uma boa alternativa ao centro comercial! Não se gasta dinheiro, o clima de convivência é agradável e ainda oferece algumas propriedades curativas!
Vive-se um clima de festa, as crianças aos pinotes e em brincadeira animada. Os adultos partilham risadas e alcovitam a vida alheia. Outros preferem exorcizar as suas maleitas e encetar um diálogo de desgraça eminente em que a sua vida é sempre mais catastrófica que a do colega! Talvez esta situação se assemelhe às propriedades terapêuticas dos grupos de entre-ajuda em que se compartilham vivências similares. Isto porque nos hospitais encontramos sempre alguém que conta a sua história repleta de enfermidades e há logo quem contraponha de forma célere com uma desgraça ainda maior!




Urticária da Língua Portuguesa

É com frequência que no nosso quotidiano nos cruzamos com as mais variadas pessoas com vocabulários característicos. Não se tratando de regionalismos, existem algumas expressões que com o uso concomitante vão causando alguma irritabilidade e consequente urticária. Uma delas, que agora me veio à cabeça é a expressão "Vai-se andando"... Lili Caneças, a este propósito, concluiria com lógica que a pessoa estaria viva porque anda, coisa que os mortos não fazem porque "O contrário de estar vivo é estar morto"! Ora é mais que óbvio que se a pessoa não for deficiente vai andando! Então, a pessoa que ouvir tal expressão que dirá? Algo do género "Uns dias piores e outros melhores"? E cá está um belo diálogo!

Portugueses, uma solução: Desbloqueador de conversas e creatividade q.b. por favor!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

As petições...

Muito em voga e de imediato à proibição aparece a petição! Vá-se lá saber porquê já existem sites especializados em petições!
As estratégias de marketing um dia destes abraçam este nicho empresarial e lançarão promoções! "Na apresentação da trigésima queixa, grátis um brinde exclusivo... Porque eu é que não sou parvo!"
No topo das petições irá estar certamente a tolerância de ponto no dia seguinte à ocorrência de jogos da primeira liga, logo precedida por uma petição contra o nevoeiro à Segunda-Feira porque causa letargia e outra contra o reenvio de powerpoints!

As proibições...

Nos dias que correm muito se fala de proibições e de regras e limites que todos tentamos quebrar... (Alguns mais frequentemente que outros!)
Se isto pega moda vamos retroceder umas boas décadas e damos por nós neuróticos... Exterminamos os obesos, passamos aos fumadores, àqueles que têm o mínimo desvio em relação ao que convencionámos por normalidade... Serve isto, não para apresentar uma opinião desleixada em relação à nossa sociedade e àquilo que criámos, mas sim para criticar o estabelecimento excessivo de regras exteriores. Se nos distinguimos pela massa cinzenta em relação aos outros seres (porque a parte arcaica do nosso cérebro mal se distingue da dos animais), porque não aplicarmos essa capacidade para sabermos observar as vantagens da existência regras? Ora é mais que óbvio de que se eu frequentar assiduamente o McDonald's não posso contar com uma saúde de ferro, tal como se fumar um maço de tabaco por dia também não me posso julgar imune ao cancro do pulmão... Depois lá vem o Tuga queixar-se da má sorte e adoptar a postura de Calimero...
O problema destes comportamentozitos é que invadem as restantes áreas da nossa vida. Eu explico! Por exemplo, se passar o meu horário de trabalho na internet e a cuscar aquilo que não me diz respeito de certeza que quando houver alguma promoção nem sequer irei ser sondado e serei logo posto de parte... E mais uma vez o Tuga vem dizer que não tem sorte!
Ora, o Tuga que enquanto criança era um menino rebelde contra tudo e todos só porque queria, sem saber o porquê, mas era! Se o Tuga aplicasse essa sua capacidade e determinação de modo produtivo decerto que os seus dias iriam correr melhor e não abusaria da expressão "vai-se andando"... Não estou a querer dizer que deveremos ser conformistas, antes pelo contrário! É positivo que tracemos o nosso caminho pela nossa própria cabeça, nunca deambulando por regras impostas pelo "sistema".

sábado, 16 de fevereiro de 2008

PtÊxH*! (traduzido: pitês, isto é, dialecto que caracteriza as pitas)...

xtA e 1 mXg Pa VxS a dXjR BuM fDx:) *!"**

sAUh 1S KiDuX pUh vSiTr Xte BlG***

AMuh T MoRi +K tDuH****+++!!! PXaUh DuH mEuH cRxaUh** BjUffS duH TmNhU duH mNdUh*****

Esta é uma breve alusão ao PtÊxH*! (traduzido: pitês, isto é, dialecto que caracteriza as pitas)...

Pois bem, devido ao seu uso disseminado será incluído no novo acordo ortográfio:)

PS: Conseguem descodificar?

Emplastros

Uma das coisas que me mete bastante confusão são as pessoas com atracção por câmaras! Eu passo a explicar... Não se trata daquelas pessoas que filmam tudo e mais alguma coisa e sempre que vamos a casa delas nos mostram os vídeos num ritual com contornos quase torturantes. Podia falar disto, tudo bem, mas mais tarde...



Vou debruçar-me naqueles que aparecem sistematicamente nas reportagens de tv, aquelas pessoas que usam e abusam dos pobres repórteres. Decerto que neste momento vocês terão em mente a imagem do famoso emplastro... ERRADO!


Desenganem-se porque há outro emplastro bem mais agudizante! Agora é que são elas.... Trata-se de João Almeida!
Este rapaz que é a sombra materializada de Paulo Portas, seguindo-o incessantemente para toda parte! Será que é seu segurança e a cara de bebé chorão serve apenas como disfarce? Ou será que é uma manobra de diversão do CDS-PP para nos hipnotizar com o seu ar cândido e inofensivo?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O verdadeiro dia dos namorados!

Como se avizinha aí uma semana cheia de amor decidi opinar também sobre este tema.

Para variar, este dia também foi açambarcado pela traça comercial. Esta traça tem o dom do marketing, isto é, entranha-se no nosso sangue e corre bem rápido até aos nossos neurónio para os ofuscar! Sem darmos por isso estamos a ser manipulados e é-nos extraído todo o nosso sentido crítico por necessidades criadas artificialmente.

Ok, isto serve para dizer que me oponho ao Dia de São Valentim, nada disso! Eu sou é contra o cinismo... Porquê que um casal passa o ano à mocada e depois, religiosamente como quem "pica o cartão", no dia 14 de Fevereiro troca cartõezinhos, rosas vermelhas e jantarinhos às luz das velas? Isso é que não entendo mesmo... Nou sou contra quem o faça, ao menos que haja um dia por ano em que se entendam! Sou é contra o esquecimento dos restantes dias do ano em que o romantismo se apaga. Para mim o romantismo não tem nada a ver com estipulações comerciais e calendarizadas. Sem repararmos estamos todos (os que têm cara metade) a fazer o mesmo nesse dia, a massificação perfeita!

O romantismo é aquilo que o outro nos dá incondicionalmente e que o torna único e que mais ninguém nos poderia dar. Romantismo é quando chegamos a casa e recebemos um grande abraço... São amostras de carinho que não se restringem a uma data!

Acho bem que exista, sim, um dia em que se comemore um sentimento positivo como é o amor já que vivemos numa época em que somos consumidos pelo stress e preocupações. Que haja algo de diferente que quebre essa rotina e nos roube um sorriso!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Entrudo - Última Hora!

Atenção a todos:

Segundo o Instituto Nacional de Estatística amanhã irá ser batido o recorde de inspectores da ASAE em Território Nacional. Por isso será desaconselhável usar esta máscara se quiserem ser originais (é também desaconselhável qualquer tipo de disfarce que venha a caricaturar algum político)!

"Verbalite"


"Verbalite": vocábulo peculiar que abarca uma série de manifestações linguísticas com carácter incorrecto capaz de causar irritação em outrém.
Mas perguntam vocês "que parvoíce é esta?"... E perguntam muito bem! Este vocábulo reporta-se a situações em que sabemos o nome de alguém e não o conseguimos pronunciar (nome técnico: ponta de língua), podendo causar situações constrangedoras.
Exemplifico este caso com um uma pérola ocorrida no nosso futebol nacional.
Não é que nem o nome do rapaz sabem escrever? Isto há cada um:p

Existem também situações curiosas como esta que vou passar a contar.
Ora, provavelmente, vocês conhecem o programa "Laboratolarilolela" do Markl na Antena3. Neste programa analisam-se algumas músicas (com espírito crítico a atirar para o satírico) do panorama nacional. Numa dessas rubricas foi analisada a música "Eu Vou-te Excluir do Meu Orkut" interpretada por Élvio Santiago (que deriva do original presente aqui no site em versão brasileira). Porém a AF Produções, personificada pela líder da editora Alice Ferreira, ofendida pela crítica ripostou contra o "Laboratório Larilolela"! Ora se eu fosse da equipa deste programa ripostava porque não se muda assim do pé prá mão o nome de um programa tão influente!

Isto serve para introduzir este novo vocábulo, a "VERBALITE". Como está aí a chegar o novo acordo ortográfico vou propôr a sua adopção na Língua Portuguesa!



Atenção: Esta é uma mera crítica, uma piada, não pretende de modo algum criar picardias futebolísticas:) A este propósito não vou dizer o meu clube:)








sábado, 2 de fevereiro de 2008

Carnavais...

Carnaval é uma palavra que remonta à antiguidade o que desde logo acarreta alguma imprecisão. Se os o associam ao catolicismo, outros consideram-no pagão. Mas, ainda que interessantes, estas histórias não são para aqui chamadas.
Interrogo-me acerca do significado desta tradição. Será crítica, será alegria, será libertina ou sumptuosa? Para mim foi alguém bastante farto de convenções e regras que inventou um dia onde a loucura era socialmente aceite, até o próprio ditado o diz "É Carnaval ninguém leva a mal"! Tudo mas tudo é socialmente aceite nesse dia, é o dia em que soltamos o louco que há em nós, onde podemos exteriorizar os nossos medos, os recalmcamentos.... Absolutamente tudo. É na alegria e festividade que "trabalhamos" as nossas preocupações e quebramos as barreiras em conjunto com os que nos rodeiam. E será isso mau? Nem por isso! Antes pelo contrário, todos temos direito às nossas extravagâncias, a fugirmos ao socialmente aceite... Somos humanos por isso não nos devemos ser "tudo ou nada". Lá diz o ditado "De louco todos temos um pouco"!

O que nos poderá desagradar é o negócio cada vez mais crescente à volta desta indústria que, em meu entender, veio encobrir as ricas tradições carnavalescas nacionais como os caretos e o Carnaval de Torres Vedras (entre outros).
Está na altura de deixarmos de achar que "Portugal é uma praia à beira mar plantada" e de que "o que se faz no estrangeiro é que é bom" para começarmos a valorizar e promover a nossa riqueza cultural, não aceitando passivamente o esbater das nossas tradições!