Quem é observador e gosta de discorrer acerca da nossa realidade nacional pode encontrar verdadeiros nichos repletos de personagens singulares! Não pensem que esses locais riquissímos em cultura se encontram apenas no café central de uma qualquer aldeia portuguesa. Nada disso, mas também! São sujeitos que se caracterizam pela mentalidade particular e animalesca que de alguma forma se podem contrariar, quem o fará incorre na pena de ouvir o português vernáculo e de ter à perna a cambada do reumático armada de minis até aos dentes!
Ora eu creio que a diversidade é bastante enriquecedora da nossa mentalidade e cada um de nós encerra em si uma personagem (uns mais que outros!). Assim, a observação é das melhores maneiras de aprender que são conhecidas, dado que os outros podem constituir-se como modelos a imitar ou a evitar. São, também uma fonte inesgotável da saber dado que pela observação dos seus comportamentos podemos apreender as diversas consequências possíveis!
Ora continuando a minha exploração da sociedade, posso dizer-vos que estas personagens são donas de um espírito gregário fabuloso, apresentando-se em grupos mais ou menos homogéneos. Para se integrar nesse grupo ter-se-á de realizar um ritual de iniciação. Isto é, o sujeito terá de passar uma "prova" para que sejam avaliados os seus costumes, sendo que se houver concordância com o grupo ele será integrado, se não houver será constantemente segregado!
Estou a falar de uma cultura própria de um clã que se caracteriza pelo cigarrinho nos queixos e mini na mão ao mesmo tempo que segura a bola ou o rádio que está a dar o relato! O tremoceiro acredita que a mulher é para estar em casa e os filhos servem como apêndice dos pais, sendo que em caso de desvio à norma serão punidos com "uma malha".
São estas personagens (que a par das personagens do jet7, disfarçadas mas também ricas em pérolas do quotidiano) que enriquecem jornais de grande tiragem nacional como o 24 Horas, o Correio da Manhã, o Crime ou o Diabo! Sem eles, as gargalhadas matinais ao ler esta imprensa, iriam ser mais acinzentadas, as histórias de richas entre familiares iriam sumir, os heróis nacionais seriam apagados e a chama da história de bairro apagar-se-ia!
Quer isto dizer que não desprezo que lê este tipo de literatura, apenas quero lamentar a tristeza ao aperceber-me que há quem leia estes casos como verdades absolutas, não tentando aplicar neste contexto o seu sentido crítico e remetendo a sua fonte de saber somente a aos jornais sensacionalistas!
Ora eu creio que a diversidade é bastante enriquecedora da nossa mentalidade e cada um de nós encerra em si uma personagem (uns mais que outros!). Assim, a observação é das melhores maneiras de aprender que são conhecidas, dado que os outros podem constituir-se como modelos a imitar ou a evitar. São, também uma fonte inesgotável da saber dado que pela observação dos seus comportamentos podemos apreender as diversas consequências possíveis!
Ora continuando a minha exploração da sociedade, posso dizer-vos que estas personagens são donas de um espírito gregário fabuloso, apresentando-se em grupos mais ou menos homogéneos. Para se integrar nesse grupo ter-se-á de realizar um ritual de iniciação. Isto é, o sujeito terá de passar uma "prova" para que sejam avaliados os seus costumes, sendo que se houver concordância com o grupo ele será integrado, se não houver será constantemente segregado!
Estou a falar de uma cultura própria de um clã que se caracteriza pelo cigarrinho nos queixos e mini na mão ao mesmo tempo que segura a bola ou o rádio que está a dar o relato! O tremoceiro acredita que a mulher é para estar em casa e os filhos servem como apêndice dos pais, sendo que em caso de desvio à norma serão punidos com "uma malha".
São estas personagens (que a par das personagens do jet7, disfarçadas mas também ricas em pérolas do quotidiano) que enriquecem jornais de grande tiragem nacional como o 24 Horas, o Correio da Manhã, o Crime ou o Diabo! Sem eles, as gargalhadas matinais ao ler esta imprensa, iriam ser mais acinzentadas, as histórias de richas entre familiares iriam sumir, os heróis nacionais seriam apagados e a chama da história de bairro apagar-se-ia!
Quer isto dizer que não desprezo que lê este tipo de literatura, apenas quero lamentar a tristeza ao aperceber-me que há quem leia estes casos como verdades absolutas, não tentando aplicar neste contexto o seu sentido crítico e remetendo a sua fonte de saber somente a aos jornais sensacionalistas!
3 comentários:
Em Portugal, apesar de tudo, ainda se mantém a cultura do mal dizer. Tudo o que tem a ver com a cuscovilhice ou a desgraça alheia rende bastante. Nesse aspecto, a imprensa a que te referes tem matéria prima para dar e vender e a verdade é que vende mesmo, a ver pelos exemplares vendidos pelo Correio da Manhã ou pelo 24 Horas. Também não é de estranhar que a TVI esteja no topo das audiências, já que recorre assiduamente a este tipo de matérias para os seus noticiários (!) e programas de entretenimento (!!!).
Vai-nos valendo a existência (ainda) de algumas alternativas, embora seja visível alguma mudança nos valores e critérios de alguns jornais que, até muito recentemente, se diziam ser de referência. Um desses exemplos é o Público, que começa a recorrer frequentemente a notícias sensacionalistas e reportagens de investigação que pouco interessam para o desenvolvimento cultural do país, em detrimento de algum sensacionalismo e mal-dizer, tudo em nome das audiências.
Embora as audiências sejam muito importantes para os media, a verdade é que ela não devia ser conquistada a qualquer custo, como tem sido feito.
Um beijo,
Nuno.
Não querendo ser arrogante mas creio que temos de deixar de lado algumas expressões ultrapassadas como "Gostos não se discutem" (ou "Entre marido e mulher não se mete a colher"). Há que saber produzir artigos com qualidade e não cair na tentação de querer resultados a curto prazo! Eu acredito que os gostos, de certo modo, se educam e que temos de dar às pessoas coisas com qualidade e ao mesmo tempo atractivas!
A mim irrita-me o facto de as revistas femininas (para além dos artigos duvidosos e sensacionalistas) estarem pejadas de publicidade, sendo que metade da revista se restringe a anúncios! O que é mais escandaloso é que se paga uma quantia nada razoável para o tipo de literatura e ainda se é bombardeado pelas estratégias de marketing! Deste modo, as revistas deveriam era ser gratuitas!
Tens toda a razão, especialmente em relação à expressão "Entre marido e mulher não metas a colher". Até porque a violência doméstica/conjugal é considerado crime e, portanto, havendo conhecimento ou suspeita de casos desses, eles devem ser denunciados. Logo, para todos os efeitos, é necessário meter a colher entre marido e mulher que se agridem.
Em relação às revistas (femininas mas não só), e a outros media nota-se, cada vez mais, que é a publicidade é muito importante. Talvez por isso acha alguma contestação à decisão do Governo abrir concurso para um 5º canal, ouvindo-se vozes que dizem já não haver "mercado" para mais um canal. A verdade é que temem que as receitas em publicidade baixem e, por isso, já não consigam tão facilmente produzir programas de qualidade abaixo do medíocre (como as Tardes da Júlia, Às 2 por 3, Big Brothers e outros do género). Enfim...
Beijitos,
Nuno.
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