terça-feira, 24 de junho de 2008

Dr. ao pontapé...

E interrogam-se vocês... porque raio atribuiu ela o título de Dr. ao pontapé? Ora tudo não passa de uma situação que me causa uma breve e ténue confusão. Acontece que em alguns locais a pressão para o refúgio em títulos académicos é tão grande que na ânsia de ter o cuidado para não tratar o superior pelo trato normal (Senhor tal e coiso) mas sim por Dr. ou Eng (como toda a gente o faz) nos esquecemos da mensagem que iríamos veicular se não tivessemos que encarreirar em meras floreados.
Nesse momento apercebemo-nos de como por vezes as situações são tão absurdas e vãs que nos começamos a interrogar acerca da sanidade mental de tudo e tudos. Principalmente daqueles que são o cerne deste tópico. Aliás, essas pessoas chegam mesmo a cair no ridículo de tão falso que soa o trato, de tão forçoso que ele se assemelha e de tão grande o peso que este constructo assume no seu ego!
Como as normas sociais (e laborais, acrescento eu) convencionaram que não é de bom tom retorquir ou ser irreverente com certas pessoas, lá continuamos nós a fazer uso de tratos que por vezes não correspondem de forma alguma as qualificações académicas de tal pessoa, constituindo um erro crasso da nossa parte e uma infracção dado que não se podem atribuir títulos a quem não os tem!
O que me deixa segura quanto à minha sanidade mental é o facto de conjectuarar tal situação num panorama surrealista em que pelo menos eu tenho um pé na realidade!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu até nem me importava de lhes dar esse titulo a nivel póstumo, mas tinha de ser já hoje.