sexta-feira, 13 de junho de 2008

Espelho meu, espelho meu...

Como investigadora que sou (e todos temos um pouco disso) gosto de observar os caminhos alheios porque na observação muito se aprende! Descobro que de tão vagas e inseguras que certas pessoas são, por vezes mascaram-se de tal modo que quase podemos apanhá-las em falso.
Por mais que digamos ser verdadeiros (prefiro ser genuína porque gosto de manter-me fiel aos meus princípios e ser verdadeiro está intrincado na ausência de barreiras entre nós e os outros, ou pelo menos é aquilo que falsamente se quer pôr em prática) nunca nos livramos da máscara que adquirimos com a interiorização de regras e normas sociais, mas pelo menos podemos tentar ser (neste universo biopsicossocial com laivos darwinistas) mais genuínos.
Porém, muito boa gente construíu em seu redor uma barreira tão forte que encerra em si uma personalidade tão frágil que se alimenta da aparência, daquilo que quer parecer ao invés de alcançar o que gostaria de ser mas não é! Então, a cada dia a armalhida aperta e a sobrecarga cresce radicalmente.. Nesse processo afastamo-nos da nossa intimidade e fluímo-nos com a esfera pública... Pedaço de todos e ao mesmo tempo de ninguém!
Ora como o ego dessas pessoas está tão dependente do reforço externo prendem-se demasiado à opinião alheia, esquecem-se do que gostariam de ser e distanciam-se desse caminho. Assim, crêem que os seus amigos serão aqueles que as afagam quando podem ser eles os primeiros a dar a facadinha!
Uma actividade interessante consiste em entrar no esquema e afagar ao máximo o "eu" dessas pessoas com bastantes elogios, simpatias e mordomias... No entanto, por causa da baba convém fazer uso de calçado com sola anti-derrapante! Assim o sistema não fica desiquilibrado e sempre nos podemos divertir um pouco! Haverá melhor ocasião para observar e estudar o efeito de um bom reforço positivo?

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