A questão que neste momento se impõe é: "Será que almejo uma qualidade de vida superior através do trabalho ou através de actividades que me dão prazer?".
A qualidade de vida, conceito mais ou menos subjectivo pode apesar de tudo ser mensurável através do nível de satisfação do sujeito com o casamento e vida familiar, amigos, saúde, casa, educação, tempo, religião, emprego, mass media, bem-estar financeiro, vizinhança e comunidade. Ora claro que muitos destes tópicos podem ser conseguidos através de um bom salário, mas também sabemos que um bom salário usualmente (se bem que nem sempre) se consegue trabalhando arduamente! E aqui chegamos ao cerne da questão: e se formos abastados e ainda assim isso não nos servir de nada? Se não tiver tempo nem paciência para usfruir do dinheiro?
É o que acontece com muito boa gente que trabalha em excesso e que acaba por se sacrificar por um objectivo que dificilmente acabará por atingir, uma boa qualidade de vida! Não quer isto dizer que as pessoas não se esforcem mas sim que pesem bem as vantagens e desvantagens do trabalho em excesso. Porém, muito frequentemente, fazem este balanço quando já se encontram no fim da linha esgotadas.
Neste sentido são pessoas que quando tiram férias, por exemplo, são incapazes de descontrair e que já não retiram gozo das actividades que anteriormente lhes davam prazer, são os workaholic. Este é viciado em trabalho, logo tudo o que é vício restringe a liberdade, além do mais, o trabalho torna-se o centro da sua vida sendo as restantes áreas e pessoas relegadas para segundo plano.
Afinal de que me serve ter uma boa capacidade económica se me estou a auto-destruir? Ora a percepção de que não temos tempo para aproveitar a vida conduz a um incremento de stress... E lá começa o ciclo vicioso de stress, incremento de stress e ausência de mecanismos que permitam lidar com o stress.
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