quarta-feira, 11 de junho de 2008

Marionetas publicitárias...


Por vezes quando compro um dado produto sinto-me um tanto ou quanto manipulada. Isto é, se eu concordar alinhar na máquina publicitária tudo bem, caso contrário, é bom que saibamos aquilo que estamos a comprar para tomar uma decisão informada.

Ainda há uns dias fui a um hipermercado denominado M****o (cujo nome pode ser sinónimo de manequim) que apostou recentemente numa campanha "Força de Campeões" com um dos nomes mais mediáticos do futebol... Acontece que por causa disto, por ser patrocinador oficial da Selecção Nacional, tentou aliar-se a um grande evento mediático, relançando assim a sua reputação e pretendendo usufruir dos respectivos dividendos...

Por mim tudo bem, até rivaliza com a N**e (marca semelhante a um visto) por conseguir realizar a proeza de vender pseudo-equipamentos oficiais a preços bastante competitivos tirando quota de mercado a esta marca... E daí surgiu mais uma guerra para animar o nosso quotidiano já bastante profícuo nestes fenómenos!

Acontece que para ter um cachecol da Selecção Nacional apenas pago um euro mas ao mesmo tempo faço publicidade à tal superfície comercial porque a sua marca se encontra estampada nas pontas do referido artigo... Este é um daqueles tipos de publicidade que quase passa despercebido mas que tem grande efeito porque associamos um hipermercado a um evento de renome e com grande visibilidade. Não é mais que uma estratégia muitíssmo bem conseguida!

Um outro caso bastante mais escandaloso são as publicações semanais e mensais... A quantidade de publicidade que se encontra impressa é sem dúvida abusiva para o preço que se paga pela revista. Ou seja, pago 3 euros (por exemplo) para comprar uma revista que decerto já se encontra mais que paga pela publicidade que veicula, equivale a dizer que pago para ser manipulada e bombardeada por produtos que não necessito mas que no fim de ler a revista penso que já não consigo viver sem eles. Se eu pudesse, antes de ler a dita revista, livrava-me das páginas que contêm anúncios, pena é que no reverso existam artigos... Uma outra estratégia, actualmente em rota ascendente consiste em introduzir anúncios que cortam o artigo a meio e violam o nosso campo de visão... O que mais me irrita é que como não são tão explicitos atraiem a minha atenção e mal dou por ela já me distrai do artigo e me interrogo acerca do que será aquilo... É algo um tanto ou quanto inquietante visto que parece que não controlo aquilo que quero ver.. E lá estou eu feita marioneta da publicidade...

Dantes as pessoas inquietavam-se com a publicidade que lhes metiam pelas caixas de correio adentro... Ora eu não me ralo minimamente com isso, porquê? Bastante simples, é pegar e deitar fora! Só me irrita o facto de conduzirem ao desperdício de papel...

Existem também algumas estratégias que induzem somente saturação, como o caso da O*****s (marca quase confundida com o adjectivo "óptimo"), que aquando da sua campanha publicitária estava patente em paragens de autocarro, anúncios de tv, sites, pop-ups... tudinho o que se possa imaginar... só faltava mesmo porem o slogan em preservativos... O que não deixava de ser hilariante...

1 comentário:

Nuno disse...

Da publicidade das revistas e jornais consigo eu abstrair-me bem, porque consigo dar apenas atenção ao artigo/notícia que estou a ler. Assim, as páginas ou meias páginas de publicidade não me afectam.

Irrita-me, isso sim, a quantidade de publicidade que vai parar à minha caixa de correio. Embora a coisa seja tão fácil de lidar (como tu dizes, é pegar e deitar fora) a verdade é que me irrita encontrar a caixa a abarrotar de lixo (que é mesmo o que é). Só à conta dessa publicidade dá quase para encher os ecopontos!

Depois há ainda aquelas campanhas exaustivas, como a da Optimus que, por si só, me levam a evitar a todo o custo essa referida marca. Se ouvir os anúncios já basta para ser irritante, cansativo e a roçar o ridículo, não quero sequer imaginar ser cliente deles. Livrem-me de tal penitência!

Um beijo,
Nuno.